TREKKING PUCÓN/CHILE - VULCÃO VILLARRICA.


Em mais uma aventura, hora de separar o material e seguir rumo ao Vulcão Villarrica. Sabia que seria uma corrida contra o tempo,  devido ao fato de possuir poucos dias para completar a caminhada.

Em São Paulo hora do lanche Bolacha e uma espera de 4:00 horas, para seguir rumo a Santiago.


Sobre a cordilheira dos Andes, a cordilheira  possui aproximadamente oito mil quilômetros de extensão. É a maior cadeia de montanhas do mundo (em comprimento), e em seus trechos mais largos chega a 160 km do extremo leste ao oeste. Sua altitude média gira em torno de 4000 m e seu ponto culminante é o monte Aconcágua, com 6 962 m de altitude.
A cordilheira dos Andes se estende desde a Venezuela até a Patagônia, atravessando todo o continente sul-americano, caracterizando a paisagem do Chile, Argentina, Peru, Bolívia, Equador e Colômbia, também conhecidos como países Andinos.

No aeroporto no Chile não adianta correr pra fila da imigração, tem que preencher a Tarjeta Internacional de Entrada Salída, não precisa do Passaporte.
Saindo do Aeroporto optei por pegar uma Vam,  uns 20 minutos até a Rodoviária de Santiago (TUR -BUS) ao custo de 15.000 pesos, uma espera de 06:00hs, que aproveitei para da uma caminhada, acima a entrada da Estação Ferroviária Central.
Ao lado da Estação Ferroviária Central, em Santiago do Chile, existe uma parede de vários metros obscurecidas por fumaça,  acesas permanentemente velas e cheias de inscrições placa de agradecimento para os milagres atribuídos a seus seguidores que "animita". A crença popular é tal que, quando realizada a remodelação e reconstrução do contorno da Estação Central, esse muro não foi removido. Por sua localização próxima à estação de trem tem muitos seguidores de províncias distantes do Chile e no exterior.




Assim, cada milagre deve agradecer com uma placa na parede ou pavilhão construído. As placas foram ocupada toda a superfície dos pavilhões e praticamente toda a parede.
O problema é que o tempo Romualdito e a lenda têm obscurecido a identidade e as circunstâncias da sua morte.

Seguindo rumo a Pucon, optei pela TUR-BUS, uma viagem de 11:00hs ao preço de 31.000 pesos, o ideal e levar um lanche pois nas paradas os vendedores entram no ônibus e tudo e caro.
Já em Pucón teria que conseguir uma agencia para a subida ao Vulcão Villarrica.
Após percorrer toda a O"Higgins fechei com a VOLCAN VILLARRICA, 555, Local 1, no valor de 58.000 pesos a Subida ao vulcão com todo o equipamento, não inclue o lanche e a água (duas bananas, uma maça uma pera um sanduíche e um litro e meio de água) todos tem que subir com a mochila, e um Tour por la Zona, com banho nas piscinas térmicas, tem que ser com uma agência.
Caminhando contra o tempo, um Trekking pela cidade, ao fundo o Vulcão Villarrica visto de toda parte quando o tempo está bom.



Enquanto caminhava tentava localizar um local pra ficar, pois fazia muito frio, estava cansado e com fome e sem tomar banho.


Ao fundo o Villarrica e sua fumarola.



Após uma longa caminhada encontrei uma hospedagem em conta a grana era curta e o frio não dava trégua, pelo valor de 10.000 pesos a diária, tem uma cozinha onde dava pra fazer a comida, tinha levado mantimentos deu pra economizar.

 Este é o Valentim dono da hospedagem e um irmão onde ficou uma grande amizade, não sabia que ele tinha uma agência, como já tinha fechado com outra, pode conferir endereço Calle Fresia 452-Pucón-Chile, meu irmão obrigado pela ajuda,

 Saímos de Pucon, as 6:00 horas da manhã com o dia parcialmente nublado e bem frio, seguimos de van por cerca de 30 a 40 minutos até a entrada do parque onde fica o Vulcão Villarrica, após nossa entrada ser autorizada, seguimos mais alguns minutos por uma estrada de cascalhos vulcânicos até o teleférico onde a van nos deixou para iniciarmos a subida. Chega a hora de começa a subida ao Villarrica, quase perco a hora quando cheguei na agência só faltava eu foi tudo muito rápido vestir a roupa pegar as instruções e seguir ao destino.
 Villarrica é um vulcão situado na cordilheira dos ANDES, na região da Araucania, Chile.
Seu cume se encontra a 2843 m de altitude, e é classificado como um estratovulcão (Estratovulcão é um vulcão em forma de cone, formado pelo magma extravasado. Quando nasce um vulcão ele não tem esse formato, a partir de suas erupções é que ele ganha forma).

A atingir determinado ponto da subida tem duas opções, caminhar ou adiantar a subida utilizando um teleférico, (apenas em alta temporada) da pra economizar uma hora de caminhada.


Os guias dão uma aula, de como devemos caminhar na neve com o piolet de caminhada e o que fazermos em caso de quedas com o piolet para podermos parar e não despencar montanha abaixo. Confesso que achei aquilo muito inútil uma vez que eles não nos fizeram treinar ou simular uma queda usando o piolet, e também fiquei surpreso que não iríamos subir encordados e apenas com as botas plásticas sem os grampões que estavam na mochila ao invés de colocarmos nas botas. 

Acredito que no caso da tragédia  em que o brasileiro Felipe, de Macaé, e o Mexicano, que morreram na montanha após despencarem ladeira abaixo por mais de 600 metros. Se eles tivessem feito alguns treinos em quedas na neve estivessem usando os crampões e tivessem encordados, talvez estivessem vivos.

A escalada dura em média de 4 a 5 horas de subida e descida, e devido ao grande fluxo de gente na montanha, o caminho já havia virado uma enorme canaleta de neve, que em alguns trechos chegava a uma inclinação entre 65˚ e 75˚. Era impressionante a quantidade de pessoas na montanha, bem próximos do cume e já dava pra ver a enorme nuvem de fumaça que o vulcão expelia.




Vulcão Lanin 3.125 metros, na Argentina visto do cume e eu no cume do Villarrica,

Logo que chegamos, fomos recebidos pela nuvem de fumaça de enxofre que tirava o fôlego. Era quase impossível respirar, tínhamos que cobrir a boca e o nariz com um pano para escapar da fumaça, como item de segurança falta uma boa mascara.


Confesso que a descida foi a pior parte, fiquei com medo, panico, pavor foi a parte mais perigosa.
As agências fornecem uma proteção para as nádegas. É isso mesmo, para a bunda, para podermos despencar ladeira abaixo na montanha no famoso “Skibunda”, não podia dar mole, tínha que ir freando com o cabo do piolet senão não parava mais, só quando chegava num platô de neve fofa.
Dica vá com um tempo de folga pois a subida depende do tempo e eu passei dois dias na cidade sem que fosse autorizado a subida.






Com está foto me despeço de Pucón, foi uma aventura maravilhosa, uma cidade linda, povo amigo, muitas amizades e um novo irmão  Valentim. 

Chega ao fim mais uma aventura foram seis dias de maratona sem descanso, frio, dois dias a pão água e bolacha, pois a grana acabou, pela rodoviária e aeroporto para economizar uns trocados, não tem moleza a vida de coyote, foram dias de treino para conseguir cumprir está caminhada, obrigado a Deus, aos meus amigos que de alguma forma colaboram com estas aventuras, a minha família pelo carinho, sei dos riscos e sei também do amor e carinho que tenho de vocês e está é a Força nos momentos difíceis.   

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